As crianças, assim como indivíduos de outras faixas etárias, possuem necessidades emocionais e dificuldades as quais não conseguem superar sem ajuda, para isso existe a psicoterapia infantil.
Crianças são muito inteligentes e aprendem rápido qualquer informação que lhes é passada. No entanto, na maioria das vezes, elas não são orientadas (o que é um erro) a desenvolver habilidades para entender e resolver problemas emocionais.
Durante a infância, as crianças deparam-se com um universo a ser explorado e descoberto. Neste período da vida, elas vivenciam transformações e experiências até então desconhecidas.
Alterações hormonais, mentais e corporais apresentam-se como uma novidade, além das situações externas, que exigem cada vez mais dos pequenos, como tirar notas boas, ter um comportamento exemplar, praticar esportes. A lista de afazeres e obrigações é grande, resultando em uma pressão desmedida e, às vezes, insuportável para as crianças.
Conseguir corresponder às expectativas dos pais, professores, colegas e familiares torna-se então um pesadelo para muitas crianças, que não conseguem expressar os sentimentos e frustrações por palavras.
É neste contexto que entra a psicoterapia infantil, pois ela tem a finalidade de melhorar a qualidade de vida da criança, proporcionando uma infância feliz e saudável, ajudando a identificar os medos, inseguranças e frustrações, além de proporcionar autoestima e autonomia, através de um trabalho também direcionado aos pais, que também precisam de uma orientação de como agir e lidar com acontecimentos que envolvem as crianças.
Quando procurar a psicóloga infantil?
Assim como o adulto, que muitas vezes não consegue compreender o que está acontecendo e o motivo de determinadas ações, a angústia pode ser comunicada de várias formas. É importante ficar atento para:
- Atraso no desenvolvimento;
- Problemas de aprendizagem ou frequentes sinais de desatenção;
- Agressividade ou raiva excessiva (morder, chutar ou bater);
- Queda no desempenho escolar, especialmente se a criança costumava acompanhar o conteúdo;
- Momentos de tristeza, choro ou depressão leve;
- Isolamento social;
- Diminuição do interesse em atividades que costumava gostar, como ir à escola, brincar com os amigos…;
- Mudanças bruscas de apetite;
- Insônia ou aumento da sonolência;
- Alterações frequentes de humor;
- Comportamentos ansiosos;
- Queixas frequentes de dores que não são identificadas as causas (dor de cabeça, de estômago, de barriga).
Esses são sinais de que a criança precisa de ajuda especializada, pois muitas vezes não é tão simples saber o que causou a mudança comportamental ou emocional na criança.
No entanto, eventos significativos, como a morte de um membro da família ou animal de estimação, separação dos pais, abuso, doença grave na família e mudança de casa ou escola podem causar estresse, levando a alterações de humor, comportamento, sono, apetite, menor interação social e evolução na escola.
A criança não esquece, como o senso comum costuma dizer. Levar um trauma para a vida adulta, pode ser a causa de depressão e outros problemas psicológicos no futuro. Por mais simples que possamos achar que seja o problema, para a criança pode não ser. Por isso, é importante a avaliação de um psicólogo infantil.
Psicóloga Aline Biano
@psicoalinebiano