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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Neurologista explica sobre a perda de memória repentina

De acordo com a especialista, o fenômeno pode ser assustador e preocupante, mas as causas variam desde o uso de determinadas substâncias como drogas e álcool até doenças mais graves

Foto: Banco de imagens Freepik

perda de memória repentina pode ter várias causas que envolvem algumas condições médicas mas também o estresse. De acordo com Mirella Fazzito, neurologista da Clínica Araújo e Fazzito, a falha súbita na memória pode ser decorrente de vários fatores que incluem algumas doenças neurológicas bem como problemas emocionais, estresse e traumas psicológicos.

Além disso, segundo a doutora, o uso de algumas substâncias tóxicas, como álcool e drogas e os distúrbios do sono também podem afetar a memória e concentração. “A perda de memória, seja repentina ou progressiva, pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas. É muito importante procurar atendimento médico se você ou alguém que você conhece tiver qualquer dificuldade de memória.  A presença de sintomas associados como dor de cabeça persistente, fraqueza, confusão ou mudanças súbitas de comportamento são sinais de alerta para a necessidade de investigação e acompanhamento,  comenta a especialista.

Causas

Algumas doenças podem levar a perda de memória repentina, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), “ O AVC, seja causado por um bloqueio ou por um rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro pode atingir áreas responsáveis pelo armazenamento, processamento  ou recuperação de memórias”, explica. A doença matou 109.560 pessoas no Brasil em 2023, segundo dados do portal da transparência da (Associação de Registradores de Pessoas Naturais).

Alguns pacientes podem apresentar o que chamamos de Amnésia global transitória, Nesse tipo de amnésia os indivíduos se tornam incapazes de armazenar novas memórias ou de recordar eventos que aconteceram durante o episódio. É súbita e temporária, durando em média 24h. E apresenta melhora espontânea. O diagnóstico é principalmente clínico, mas exames laboratoriais e de imagem são feitos para excluir outras doenças

O Traumatismo Craniano, decorrente de lesões após acidentes, também podem prejudicar as funções cerebrais, incluindo a memória, enfatiza a Dra Mirella. 

 Além disso, existem algumas infecções cerebrais, como meningite ou encefalite que podem prejudicar a função cognitiva”, comenta ela.

Doenças Neurodegenerativas

As doenças neurodegenerativas também podem afetar a memória. Afetam áreas cerebrais responsáveis pelo armazenamento, aprendizado, formação e recuperação da memória. Geralmente se iniciam com a perda da memória recente, funções executivas e atenção e, geralmente, evoluem acometendo outros sistemas funcionais cognitivos.

Alzheimer, demência vascular, demência por Corpos de Lewy, demência frontotemporal e a doença de Parkinson estão nesta lista. A perda da memória é variável e, na grande maioria dos casos,  ocorre de maneira progressiva. 

Causas Psicológicas e Emocionais

Os problemas emocionais, tão comuns na atualidade, podem causar sintomas físicos como taquicardia, falta de ar, dores de cabeça e até mesmo a perda de memória.  “Situações de estresse agudo ou crônico podem interferir na capacidade do cérebro de processar e armazenar informações, resultando em lapsos de memória. O mesmo pode ocorrer com traumas emocionais muito significativos e até mesmo a depressão e a ansiedade”, complementa.

Um diagnóstico precoce e tratamento adequado podem ajudar a minimizar os efeitos desse problema e melhorar a saúde, qualidade de vida e o bem-estar mental.

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