Especialista chama a atenção para o aumento da capacidade de defesa do corpo humano
Por Assessoria de imprensa
Foto: Banco de imagens Freepik
O sistema imunológico é composto por uma série de células e órgãos voltados a proteger o nosso corpo de substâncias prejudiciais. Vital para nossa sobrevivência, essa camada de proteção está presente em todos os seres humanos. Diversos fatores, porém, podem influenciar no aumento ou na diminuição de sua efetividade. Dentre eles, está a frequência e a intensidade com que praticamos exercícios físicos.
De acordo com a infectologista Mirian Dal Ben, a relação direta entre imunidade e exercício tem sido demonstrada consistentemente em diversos estudos realizados nos últimos anos.
“Os benefícios da atividade física neste sentido podem ser observados tanto em trabalhos empíricos, nos quais se separam grupos ativos e sedentários para acompanhar a incidência de infecções ao longo do tempo, quanto em trabalhos laboratoriais, nos quais se avalia a resposta das células de defesa do corpo humano a diferentes estímulos”, afirmou a especialista.
Segundo Dal Ben, quando analisada de uma maneira ampla, a literatura científica mostra ainda que as contribuições de uma vida mais ativa para a imunidade vão além do combate direto a vírus e bactérias.
“Temos evidências científicas de que o exercício físico diminui o risco de problemas como doenças cardíacas e diabetes, bem como contribui para a melhora da qualidade do sono e de nossa saúde mental. Todas essas questões, além de importantes por elas mesmas, possuem uma conexão com a efetividade do sistema imunológico”, complementou.
A infectologista ressaltou, porém, que os estudos neste tema apontam que as respostas positivas da imunidade aos exercícios não são indiscriminadas. Isso porque, segundo ela, as respostas dependem da intensidade e da frequência com que estes últimos são praticados.
Neste sentido, Dal Ben destaca que os benefícios apontados ocorrem, em geral, quando praticamos atividades moderadas com duração entre 40 e 60 minutos, em uma média de cinco dias na semana. Quando as atividades são mais intensas e frequentes, como ocorre no programa de treinamento de maratonistas de alta performance, por exemplo, os benefícios apontados dão lugar a uma maior vulnerabilidade do sistema imunológico.
Em sua conclusão, o artigo apontou que a melhoria das funções celulares de defesa impulsionou uma menor incidência de quadros infecciosos de praticantes de atividades moderadas, enquanto a necessidade de utilização de uma grande quantidade de substâncias para recuperação muscular após exercícios intensos foi o principal fator a tornar estes grupo mais suscetível ao desenvolvimento de processos inflamatórios.