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sábado, 23 de agosto de 2025

Câmara recebe 500 pessoas para debater futuro de São Bernardo na 5ª Conferência da Cidade

Moradores, representantes de entidades, de movimentos sociais e do poder público elencaram 25 propostas, que serão levadas ao encontro estadual, nos dias 27 e 28 de junho

A Câmara de São Bernardo recebeu neste domingo (15) aproximadamente 500 pessoas, entre moradores, representantes de entidades de classe, de movimentos sociais e do poder público para a 5ª edição da Conferência Municipal da Cidade, que não era realizada havia nove anos. O encontro teve como objetivo discutir metas e planos de ação para enfrentar os problemas existentes, e, a partir do resultado, trabalhar na construção conjunta de políticas públicas e organização do município, com foco no desenvolvimento urbano sustentável.

Realizada sob a coordenação da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal, a Conferência da Cidade colocou na pauta cinco eixos sobre os quais os participantes se debruçaram para debater e formular 25 propostas (cinco em cada um deles) que deverão ser levadas ao encontro estadual, nos próximos dias 27 e 28 e, posteriormente, à nacional, em outubro: habitação e urbanismo; governança e participação social; infraestrutura e mobilidade; meio ambiente e mudanças climáticas; cidades inteligentes. Além das propostas, a Conferência elegeu também delegados de cada segmento para a Conferência Estadual.

O prefeito Marcelo Lima, que fez questão de participar da mesa de abertura antes de seguir para outras agendas do dia, lembrou que São Bernardo não realizava a Conferência Municipal desde 2016 e reafirmou sua disposição de dialogar com todos que pensam e trabalham pelo bem do município. E acrescentou que as propostas elencadas a partir de ampla discussão entre os mais diversos segmentos podem ser aproveitadas também em nível estadual e federal.

“Meu governo não vai ser pautado em quem está do lado A ou B ou por ideologia política, mas estarei ao lado de todos aqueles que queiram o melhor para São Bernardo, o Estado e o Brasi. A gente tem que entender que hoje, em São Bernardo, estamos tendo a oportunidade de reescrever uma história, aquilo que foi destruído no passado. Faz nove anos que a gente não tinha esse espaço para debater a cidade que queremos, e tenho a felicidade de estar aqui como prefeito de São Bernardo nesse momento”, pontuou.

A secretária de Meio Ambiente de São Bernardo, Ruth Cristina Ramos, disse, em seu discurso na abertura do evento, que os participantes das discussões nos cinco eixos da Conferência deveriam buscar o entendimento em torno de pautas com peso para pautar o debate estadual e força para ter a aprovação e chegar ao encontro nacional. Aproveitou para agradecer a presença maciça de moradores dispostos a debater o futuro de São Bernardo, assim como o apoio do prefeito Marcelo Lima, de toda a equipe da secretaria que se envolveu no processo, a Comissão Organizadora, secretários, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Câmara, na pessoa do presidente da Casa, Danilo Lima, que integrou a mesa.

Logo após o encerramento, a secretária fez uma avaliação da Conferência e destacou não apenas a qualidade das propostas surgidas das conversas em cada um dos cinco eixos temáticos, mas também o fato de o debate ter transcorrido sem discussões mais acaloradas. E, sobretudo, que os grupos chegaram a um consenso para elencar as propostas que, logo na sequência, foram lidas pelo coordenador da Comissão Organizadora, Matheus, e aprovadas por unanimidade por todos os presentes. 

“Na minha visão, as propostas são muito boas, e acho que isso demonstra para o poder público aquilo que a gente chama de inovação social, porque muitas vezes a gente acha que só a ciência produz inovação, mas também o povo, os movimentos, a sociedade, as famílias podem contribuir. Então, tem propostas muito inovadoras que saíram nos segmentos, o que mostra que o poder público precisa estar em diálogo para que a gente compreenda as informações que vêm do cotidiano dessas pessoas e possa transformar, pautar, as políticas públicas municipal, estadual e nacional. E é isso que a gente acredita, que a política ambiental não pode estar apartada das questões da sociedade, e aponta para a necessidade de estarmos em diálogo permanente com a população”, completou Ruth.

Foto: Brenner Oliveira

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